quarta-feira, 22 de junho de 2011

Confissões Part V (Poema)


Trancada para o amor

Eu nunca senti, porque nunca o deixei vir até mim

Então quem eu sou?

Apenas uma menina com medo da chuva

Trancada em uma casa rodeada por muros de mentira

Que eu mesma construí

Que eu mesma mantenho

Mentiras que me afastam de amar

De ser quem eu sou...

Eu faço tanto por eles. Mas o que faço por mim?

Ainda sou aquela menina, com medo!

Rodeada por mentiras que eu mesma construí

Para me proteger

Mentiras que me controlam

Mentiras que vem do medo, de mim

Porque tudo que eu sou é uma mentira

Uma grande contradição

Nunca deixar alguém entrar no meu coração

Fujo de tudo aquilo que me movimenta

Fujo de sentir

De me torna humana

Sofrer, chorar...

Porque é tão difícil amar?

Eu corro sim, e vivo correndo

Porque vejo (e sinto) a lagrima e a dor dos outros

E não quero isso para mim

Eu vejo como dói sofrer por amor

Uma ferida sempre aberta

Que te consome te destrói e ao mesmo tempo te fez refém desse sentimento

Por isso tranquei meu coração

E escondi a chave

Para não haver dúvidas, para não sofrer

Para acreditar e lutar sem sentir

Eu tranquei meu coração

Sim, a menina ainda se esconde

Ela mantém os muros da mentira cada vez mais altos

Eu tranquei meu coração

E controlei quem eu sou!

Eu sou uma mentira, uma contradição de mim mesma

Que não e permite viver o mais simples dos sentimentos:

AMAR!

Nenhum comentário:

Postar um comentário