sábado, 30 de agosto de 2014

30-08-2014



IMAGEM RETIRADA DO GOOGLE SOB A PESQUISA FREEDOM

Seria estranho dizer adeus
Mas impedir as lagrimas seria um exagero
Seria estranho não lamentar
Mas olhar para frente é necessário
Porque a vida e essa coisa de conhecer, dizer adeus, conhecer, dizer adeus
E mais que triste devemos ser gratos
Porque por um instante fomos infinitos
Porque rimos,
Nos abraçamos,
Cantamos,
Trocamos versos
E amamos Vinicius
E o porque se perdeu
E a tristeza foi embora
Porque nada é tudo
E tudo se resume a deixar viver
Ser grata
E aceitar a partida com nostalgia 
Mas gratidão
De no meio desse bilhão de gente
Ter encontrado alguém que brilha 
Ter aprendido
E hoje poder dizer: Gratidão, amigo!

Fernando Pessoa...

"Porque esse é um dos meus poemas favoritos,
Porque não sei dizer adeus,
Porque o aprendizado foi tão grande
Que diz para minha alma ter um pouco mais de calma
E que logo ali não se finda, pelo contrario
Começa a Viver"


IMAGEM RETIRADA DO GOOGLE SOB PESQUISA IMENSIDÃO

Eu Sou do Tamanho do que Vejo
Da minha aldeia veio quanto da terra se pode ver no Universo... 
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer 
Porque eu sou do tamanho do que vejo 
E não, do tamanho da minha altura... 
Nas cidades a vida é mais pequena 
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro. 

Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave, 
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu, 
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar, 
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver. 

Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema VII" 
Heterónimo de Fernando Pessoa