Reflexões...

 

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Nascemos para morrer, triste fato mais verídico se tem alguma certeza nessa vida é que um dia vamos morrer não sabemos como nem quando mas a morte virá.

Talvez por essa afirmação e com o fato de que não somos eternos (ainda) adquirimos um certo ar de “carpe diem”, uma sensação de que tudo é efêmero que não há tempo, que temos que viver.

Esse apelo pela vida pode se tornar desmedido as vezes  cada idade, cada fase, tem seu tempo e por incrível que pareça passa. Estamos em constante mudança não somos os mesmos e nem poderíamos, crescemos, evoluímos, convivemos com os outros, aprendemos e transmitimos de alguma forma o que nos é passado.

Analisando assim tudo parece ser cientifico, frio e mecânico, mas não é. A magia da vida está exatamente em passar por essas mudanças.

Desse modo não é possível voltar atrás e reescrever a nossa história nem avançar capítulos para descobrir o que virá, estamos “preso” ao presente que inevitavelmente é uma consequência de escolha anteriores e definem os momentos que estão por vir. Parece confuso, mas tudo está interligado!

Viver o hoje e se preocupar com o agora parece ser a melhor opção, isso não quer dizer que não temos que nos precaver sobre o amanhã, mas as responsabilidades são consequências e querendo ou não temos que assumi-las.

Há quem quer recuperar o tempo perdido a juventude que não pode curtir, a vida que queria ter vivido e não viveu e se faz de inconsequente nos fim de semana para tentar recuperar o tempo que não volta. Ha quem se prende demais ao passado e vive se culpando e remoendo o seus pecados, os erros e revendo as escolhas que poderia ter evitado e os amores que poderia ter vivido, há quem se prende muito ao que está por vir que se fixe apenas no amanhã e esquece que o agora tem tanta urgência quanto o que está por vir.

E existem pessoas que conseguem equilibrar seus desejos, suas memorias e suas ansiedades sobre o futuro que vivem um dia de cada vez e fazem pequenos planos que aos poucos vão sendo realizado, acredito que o segredo dessas pessoas é ter paciência saber controlar os momentos de desespero, não se deixar levar pelos dias ruins nem se lamentar eternamente por um mal passo.

Não existem formulas que nos ensinem a viver, que nos ensinem a saber equilibrar tudo, não está escrito em nenhum lugar como devemos agir pensar nem a consequência de nossas ações e é muito difícil lidar com o desconhecido, saber lidar com a nossa consciência!

E só existe um jeito para aprender: continuar vivendo, aceitar cada fase, aprender com os erros e todas aquelas frases bonitas de motivações (sempre temos uma favorita).

O tempo não volta, muito menos nos da a chance de nos ver no futuro e voltar ele apenas passa, passa e passa... E quem sabe o que teria acontecido se fosse por outro caminho? Se não terminasse com alguém? Se fosse bom em matemática? Se fosse rico? Se tivesse pegado aquele ônibus? Se tivesse arriscado? Se tivesse se calado?

No mundo dos “Se” ninguém é rei, indo por essa caminho o máximo que conseguiremos é uma leve paranoia e muitas interrogações.

Por hora é melhor aproveitar o momento seguir nosso caminho em paz, feliz e tranquilo que certamente algo bom estará nos esperando, é só ter fé!

Protesto

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O Brasil tem essa mania de supervalorizar alguma coisa e isso é historicamente comprovado: desde os tempos da colonização somos sempre definidos como um país agrário exportador, como se apenas a exportação de produtos primários fosse suficiente.

Mas não é, a falta de diversidade e investimento nos diversos setores da sociedade nos qualificam com um país atrasado!

Hoje vai acontecer o jogo Brasil x Japão e logo mais a copa vem ai, mas isso sinceramente é algo muito deprimente e irrelevante. Pense bem, quais são os motivos para comemorar?

Tudo nesse país é absurdamente caro (a não ser que você seja filho de algum milionário), a educação é uma porcaria, a saúde idem, segurança nem é preciso comentar e por ai vai.

Qual o motivo de você ir torcer por um país que está todo quebrado?

Nenhum.

A mídia nos induz a acreditar que “está tudo certo!”, “os manifestantes são uns vândalos”, “as coisas vão melhorar” e por ai vai, mas a vida não é novela, você não pode simplesmente se desligar do mundo e achar que ta tudo certo porque não ta.

E você sabe que não ta!

 A mídia faz algo muito pior do que disseminar essas ideias: ela coloca medo em você!

Ela implanta um medo que silenciosamente vai te corrompendo, vai te convencendo que não vale a pena mudar, que o país não tem jeito e você nem percebe e quando percebe ignora o apelo da sua própria voz e continua seguindo sua vida indiferente.

Mas ai dentro, lá no fundo você sabe, você quer fazer a mudança acontecer porque nós somos os herdeiros daquelas pessoas que foram torturadas na ditadura para que hoje pudéssemos sair as ruas, nós somos a voz da minoria sempre menosprezada e ignorada, nós somos as lagrimas silenciosas que anseiam por mudança.

E toda essa raiva, toda essa fome de justiça não nasce do nada e não pode ser calada.

Então antes de criticar as pessoas que estão lá se manifestando olhe ao seu redor, analise a sua vida e se pergunte se está feliz se não se sente explorado trabalhando todo o dia para deixar mais da metade do seu salário em impostos. Se você acha certo ter de “fazer um sacrifício” para que seu filho tenha uma educação de qualidade sendo que a escola pública deveria oferecer isso gratuitamente, se está contente com o preço dos alimentos, se você acha normal ter que pagar mais de mil reais em algum produto que no exterior custa menos da metade, se você está contente com a segurança da sua cidade, se acha certo uma pessoa esperar anos e anos na cadeia sem ter o direito a defesa quando políticos e figuras “importantes” não vão para a cadeia, se você acha legal o governo gastar bilhões em estádios e não investir esse dinheiro em saúde e se concorda com o fato de que as universidades públicas que deveriam ser para o povo se tornaram reduto da elite.

Se concorda com tudo isso, parabéns porque está incluído em uma minoria covarde que se contenta em acreditar que nada pode ser feito e que o sistema é esse mesmo.

Mas se acha que tem alguma coisa errada nisso ai, não tenha medo, não se deixe intimidar.

Você não precisa ir às ruas para exercer mudança você só não pode ser conivente.

Cada um do seu jeito pode e DEVE fazer a diferença, cada um tem um dom, então use-o.

Não deixe de acreditar na sua capacidade de fazer mudança, o governo existe para servir o povo, políticos, deputados, senadores e afins não estão lá nos fazendo um favor estão fazendo (e muito mal por sinal) a OBRIGAÇÃO deles!

Não adianta creditar apenas aos governantes a culpa pelas misérias do nosso país, nós temos a nossa parcela de culpa e está mais do que na hora de toma-la para si de ter coragem de dizer não e parar com essa história de não lutar pelo outro caso alguém ainda não tenho percebido estamos nessa JUNTOS!

Somos todos parte de um todo a atitude de um estranho me afeta direta ou indireta.

Não haja como se o problema não fosse seu, porque ele é!

Sistemas caem e se renovam isso é histórico mas para que tudo mude é necessário ter coragem de abraçar a causa e ir à luta!

Um dia de domingo...

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É estranho perceber como os laços com as pessoas nos afetam, é engraçado o fato de que estranhos possam nos cativar e se instalem de repente no nosso coração.

E você percebe que nunca esteve sozinho, se da conta de que a beleza da vida está no fato de podermos compartilha-la com alguém.

Belo mesmo é poder ir com os amigos em um domingo a tarde em algum lugar e apenas jogar conversa fora, poder rir sem motivos e saber que alguém entende a razão de tantas lagrimas que alguém te entende e isso basta.

Mas do que ter alguém para sair e se divertir é ter alguém que você sabe que pode sempre contar, alguém que te mudou de alguma forma e se somou à você isso sim é um presente porque não importa as distancias nem as circunstancias da vida você sabe que nada vai mudar, que existe alguém que te faça sentir querido, alguém que te escute alguém que interprete seu silencio alguém que simplesmente está lá.

Amigos, namorados, parentes, estranhos estamos sempre em contato com eles, sempre em movimento, porque a vida exige mudanças.

E por mais que tudo mude e você mude saber que existe alguém que te enxergue alguém que te conheça é no mínimo uma dadiva, ainda mais hoje que muito se tem, muito se quer mostrar e poucas coisas tem conteúdo, pouca coisa de verdade te preenche e traz paz de espirito.

Estabelecer laços com as pessoas está se tornando algo cada vez mais raro, não há tempo, existe a distância, ou algum problema que sempre impede que sempre complica e aos poucos vamos deixando de lado, vamos deixando de ligar, de nos importar de dizer um “bom dia” de olhar no olho de ser humanos. Aos poucos vamos nos acostumando a se conectar apenas pelas mídias sociais a não ver o próximo e se perde a sensibilidade que hora nos faz rir ora nos faz chorar, vamos perdendo a essência de ser.

Ir ao domingo à tarde em algum lugar com os amigos, ter alguém para conversar, assistir um filme sem compromisso são coisas raras hoje em dia.

O afeto compete com o tempo e nosso ceticismo e vai ficando cada vez menor, mais silencioso.

Se você tem alguém que te mudou de alguma maneira, alguém que te fez sorrir, ou simplesmente alguém não hesite em falar para essa pessoa, não hesite em se permitir a ser humano de vez em quando a fazer coisas bobas, a rir e fazer rir, a dizer palavras bonitas ou ser apenas um idiota.

É isso que vale nessa vida e no fim das contas ( e do dia) é apenas isso que esperamos.

Aquela velha história...

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Se quiser que uma relação dure tem que trabalhar nela, esse é um velho tema que nunca sai de uso.

Relacionamentos são complicados, e não funcionam se ambas as partes não se disporem a fazer durar e eis ai o grande problema: a disposição.

A tempos já foi comprovado que o famoso “Final feliz” não é tão feliz assim e nem tem aquele final dramático emocionante dos contos de fadas vivemos em mundo real repletos de “se”, “talvez”, “será que eu ligo?”, “não vou ligar” e outras inúmeras desculpas que usamos para nos convencer de que jamais daria certo e de que se fosse em outro mundo com outra pessoa (se a pessoa fosse a nossa alma gêmea) seria diferente. Mas não seria não, porque para dar certo ia depender de um fator fundamental: o querer mútuo.

“O amor é um campo de batalha” já dizia o filme De repente 30 e é verdade e a primeira delas é o amor próprio, saber que não precisamos de alguém que nos complete e que nos faça sentir que tudo vai dar certo no fim ou nos mostre o quanto somos incríveis (porque somos) queremos alguém que aguente a barra, que ature a TPM, que dívida as contas, que escute (não finja) e fale, coisas simples...

Depois sim é que vem a verdadeira guerra: como fazer isso dar certo?

Como superar todas as crises?

Seria mais fácil se existe em algum lugar um manual de sobrevivência a relacionamentos (junto com a pessoa ideal para não perder tempo com idiotas) mas infelizmente não tem.

O que sabemos é: não sabemos de nada!

Porque na realidade a teoria é outra a paciência é consumida com o tempo, as coisas fofas se tornam melosas e enjoativas e aquele friozinho da paixão simplesmente some e o fica tem que ser suficiente para continuarmos seguindo.

Deve haver alguma razão para depois de anos e anos e anos ainda existir carinho, ainda existir companheirismo e vontade de fazer de novo.

Talvez seja a esperança de que os bons momentos com certeza vão ser melhores que os ruins, que o tempo traga temperança e no fim das contas você saiba que jamais seria um conto de fadas, mas é algo real e isso vale muito mais do que qualquer final feliz.

No fim das contas queremos apenas alguém que nos lembre que estamos vivos por alguma razão, que amar é isso: dor, lagrimas, ódio, sexo, paixão, amizade e vontade de querer ficar nada disso caberia em um livro, porque é a rotina, o dia a dia, as dificuldades e os problemas que lapidam uma relação que colocam a prova a nós mesmos e fazem valer todos os momentos bons.

São em época de crise e desespero que acabamos enxergando o nosso melhor, a nossa luz.

O amor é o sentimento do hoje, do dia a dia e da construção, ele depende tanto de nós quanto nós dependemos dele.

E esse é o nosso conto de fadas, o nosso “final feliz” o fato de no fim das contas saber que valeu a pena, que deixamos nosso legado e simplesmente amamos e fomos amados até o fim dos nossos dias.