domingo, 16 de janeiro de 2011

I (Have) Super POwer...


Prólogo.

Dizem que se você passa por uma situação de perigo extremo, em que não há qualquer saída aparente, você consegue fazer coisas extraordinárias, como saltar uma grande distância, arrancar portas de carro, etc.

Os cientistas explicam esses acontecimentos baseado na carga de Adrenalina, enviada para o corpo, alguns estudiosos, aplicam esses fatores a sorte e para os mais religiosos, resta apenas agradecer a Deus, pois sua sobrevivência é fruto do Milagre Divino.

Eu nunca acreditei nada disso, porque sempre fui uma pessoa normal, sem nada fora do comum: Boa aluna, boa filha, Nerd, sem tatuagens, sem doenças ou qualquer coisa que me fizesse ser diferente da maioria, até tinha um emprego normal, vendera da loja Norbes&Nobles, uma pessoa exatamente como você: Buscando alguma coisa que justificasse a minha existência nesse mundo.

Mas a minha história muda exatamente no momento em que o mundo me mostrou essa tal justificativa.

Capitulo Um.

Ok, eu estou com medo. MUITO medo agora.

Nunca andei de avião, tá, já andei, mas achei que ia morrer e tomei tanto calmante que me levaram para a emergência e eu não vi nada do vôo.

Mas dessa vez é diferente, eu não tomei calmante por que quase perdi o vôo, então só tive tempo de tomar um café.

Mas é Dia de Ação de Graças e com eu entrei como estagiaria em uma grande empresa de Advocacia, eu pude pagar a passagem para passar o Feriado no Novo México onde minha família mora.

Mas o vôo foi bem tranqüilo sabe a sensação de ir ao céu, agora entendo a obsessão das pessoas para tentar voar, é uma sensação maravilhosa, um sentimento de poder e paz, plenitude, olhar as coisas lá embaixo e ver tudo pequeninho, e pensar o quanto insignificantes nós somos, o fato de perdemos o nosso tempo com tantas bobagens ao invés de simplesmente curtir a vida.

Pena que durou poço, afinal de Manhattan até Novo México não demora tanto assim.

O Problema foi quando eu desci do avião.

-Alô Mãe?Onde você está?O que?Como não pode vir me buscar?Mãe, tá. Droga!

Desliguei meu celular velho e me dirigi para o taxi.

Só que obviamente nenhum táxi parou parar mim, seria um milagre se eu achasse um taxi em pleno feriado de Ação de Graças.

Não sei se foi o frio, a falta de café da manhã, ou qualquer distúrbio relacionado a TPM,ou talvez os filmes que eu tenho visto ultimamente,mas enfim...

Eu tive a brilhante idéia de fazer igual aos filmes me colocar na frente de um táxi, para que ele parasse o que obviamente não aconteceu, porque estamos em Ação de Graça.

E a, motorista agradeço pro me ATROPELAR!

Capitulo Dois.

Eu fui atropelada, eu fui atropelada, em pleno feriado, porque isso acontece comigo?

Eu só queria ver a mamãe e comer, comer, comer e comer muito.

Mas não, eu tinha que dar uma de Super Mulher e me ferrar!

O carro devia estar a uns 80 Km/H, eu devo estar parecendo o Sherek, o Sherek não que ele é fofinho, eu devo estar parecendo um filhote de Dragão sem pele e escamas jogado de um penhasco!

Perai era para eu estar morta, porque eu ainda estou pensando?

Foi ai que eu me dei conta de que eu não estava sentindo dor, eu não estava sequer sentindo o sangue, e meu cérebro parecia a mil por hora, nessa hora, eu decidi abrir os olhos e fiquei surpresa:

O carro não tinha me acertado, ele estava parado a apenas alguns centímetros de mim, e parecia que alguma coisa estava impedindo o carro de se chocar contra mim, porque os pneus do carro ainda estavam rodando, e a minha mão que eu tinha esticado para proteger o rosto, tinha meio que amassado a frente do carro.

As pessoas ao redor pareciam paralisadas, não se mexiam, nem piscavam.

Eu me levantei e comecei a correr sem rumo, simplesmente para me convencer de que tudo aquilo era uma paranóia da minha cabeça, e que eu não deveria passar as noites em claro preparando a minha tese de Direito nem viver a semana a base de cafeína.

Eu parei em baixo de uma árvore e sentei, comecei a chorar até as lagrimas secarem.

O meu celular tocou.

Respirei fundo,minha mãe estava me esperando, me levantei e fui a pé até a casa da minha mãe, era muito longe do aeroporto, mas eu precisava pensar.

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