domingo, 23 de janeiro de 2011

A Amazona Perdida.Part II


Capitulo 2.

-Diana?Diana?DIANA SANCHES?

Acordei sobressaltada e cai da carteira, a sala inteira começou a rir e o professor Clark me lançou um olhar de desaprovação.

-Desculpe atrapalhar seus sonhos senhorita Diana, mas gostaria de saber o resultado da equação que está na lousa.

A sala riu de novo, olhei para a lousa e minha cabeça girou me senti confusa, meu pulso começou a queimar, eu olhei pra ele e três símbolos esquisitos estavam marcados em preto, parecia tatuagem.

Άρτεμις

Κριός

Αμαζόνα

Entendi como Artemis, Ares e Amazonas, achei estranho e quando comecei a pensar a respeito minha cabeça começou a formigar ainda mais, e lagrimas saíram dos meus olhos, o Dr.Clark, pareceu notar que eu não estava bem, porque silenciou a sala e me ajudou a levantar.

Ele me encarou.

-Você está bem Diana?

Eu assenti, mas fechei os olhos devido à dor, eu podia sentir a queimadura do meu pulso subir pelo meu corpo, as lagrimas começaram a rolar sem controle.

-Acho melhor você ir até a enfermaria.

-Eu a levo.

James Taylor se levantou, o que surpreendeu toda a sala, mas não seu se o que o impressionou, foi o moreno mais desejado da escola se envolver em alguma coisa, ou tenta me ajudar.

A sensação de queimadura ficou pior, parecia que todo o meu corpo estava sendo queimado vivo, eu queria gritar, mas achei melhor agüentar a dor sozinha.

James me conduziu para fora da sala, com as minhas coisas nas costas.

-O que tá acontecendo Diana, você chegou atrasada hoje, e desde que chegou está toda estranha.

Minha cabeça ferveu quando tentei pensar em como tinha chegado até a escola, eu ao me lembrava de nada, eu só me lembrava da tempestade, do parque, mas tinha alguma coisa a mais...

-Você quer que eu ligue para a sua mãe?

Foi ai que fez um “CLICK” e eu me lembrei, me lembrei d homem com olhos de fogo e da mulher loira, com uma roupa esquisita, a lembrança fez meu corpo ferver e eu cai no chão me contorcendo de dor.

-DIANA!

James agachou e me pegou no colo.

-Você está fervendo, deve estar com febre.

Murmurei alguma coisa que ele não entendeu.

Ele estava bem perto da enfermaria, quando um garoto alto,loiro e com ar de rebelde se colocou na nossa frente.

-Você quer sair da frente?

-Acho que ela vai estar mais segura comigo!

-Quem você pensa que é se liga cara!

-Eu sou Édipo, mas isso não interessa me entregue à moça.

Senti os músculos de James ficarem rígidos, pelo que eu conhecia, ele estava se controlando para não quebrar a cara daquele garoto.

Eu estava meio grogue, mas podia sentir uma energia diferente vindo daquele garoto, alguma coisa que me atraía, eu podia apostar que se eu fosse com ele a sensação de fogo abrandaria.

-Me de pra ele!Minha voz saiu tão fraca que eu nem reconheci.

James me olhou atônito.

-Diana, eu...

-Você teve a sua chance James, agora me de pra ele.

Mas James não me entregou apenas né encarou e disse.

-Você deve estar delirando, ainda está fervendo.

O rapaz suspirou e deu um soco na cara de James, que com o baque acabou me soltando, eu só não cai no chão porque o outro cara me pegou, ele lançou um olhar mortal pra James, por cima dos óculos aviador e disse:

-Perdeu Playboy!

E me carregou pra longe, só que ele não me levou para a enfermaria, ele me levou para o pátio, e me colocou embaixo de uma arvore meio escondida da visão de quem passasse por ali.

-Como se sente Diana?

Murmurei qualquer coisa.

Ele tirou um saquinho da jaqueta e pingou no meu pulso.

-Você até que agüentou bem, eu só soube quem você era hoje de manhã e foi difícil te achar, eu estava La embaixo tentado colocar ordem nas coisas, mas o que importa é que eu cheguei a tempo, da última vez garota morreu e tivemos sérios problemas.

Eu supirei a dor tinha passado, eu estava soando em bicas, tentei me levanta, mas Édipo me repreendeu.

-Você ainda está muito fraca, é melhor ficar quieta por alguns minutos.

O sinal tocou e eu pude sentir todo mundo saindo pro pátio, geralmente os populares, atletas e líderes de torcidas ficavam na mesa de centro, a única que tinha um enorme guarda sol para proteger nos dias de sol, aos outros grupinhos sociais restava ficar ao redor do pátio e a mim, bom, eu não tinha uma mesa pra ficar e passava o recreio na sala ou na biblioteca, estudando ou fazendo algum trabalho extra.

-Esse James Taylor é um idiota, não sei o que viu nele.

Eu tentei rir, mas a dor apertou a minha garganta.

-Você sabia que ele gosta de você?Mas é covarde demais para assumir isso pra ele mesmo!

Pensei sobre isso, não, James não gostava de mim, ele precisa de mim e isso pra ele é gosta.

Édipo riu.

E a dor sumiu completamente, me levantei apesar de sentir um pouco de enjôo e o encarei, ele era mais bonito do que eu tinha reparado o cabelo dele era loiro, mas parecia meio surfista, como se ele viesse de algum ponto ensolarado da Califórnia, ele se vestia como um líder rebelde de Rock’n’Roll

Mas era incrivelmente bonito.

-Se acha que minha aparência atrapalha, posso mudar.

Devo ter ficado com uma cara assustada, porque ele respondeu.

-Eu consigo ler os pensamentos e as emoções das pessoas.

Ah, claro, isso é super normal, como o outro dia em que o Super-Homem me pegou em casa pra dar um role pelo mundo... Droga, ele pode ler o que eu penso.

Ele riu.

-Logo você se acostuma.

-Acho que não, mas afinal, que é você?

-Eu sou Édipo, e minha missão é treinar e preparar você, afinal, você é a última Amazona, ao menos a última que nós conseguimos salvar a tempo.

O encarei.

-Olha, seja lá quem você for, é melhor ficar longe de mim. Você é um maluco ou sei lá o que...

Eu me levantei, mas ele me puxou pra baixo e me fez encará-lo.

-Eu sou um enviado e não posso me separar de você, por que estamos ligados, essa é a minha missão, a minha sentença e a única chance de liberdade.

Ele pareceu sincero e porque tinha que ser tão bonito?Não podia ser um instrutor feio?

Ele me encarou e abriu um sorriso fraco.

-Já disse se quiser eu mudo de forma.

-Pode fazer isso?

-Não, mas posso criar uma ilusão que faz você me ver de forma diferente.

-Parece complicado.

Ele fez um ar de indiferente.

O sinal tocou e todos voltaram para as salas, ele me encarou e disse:

-Então, vai me aceitar e aceitar o seu destino?

Olhei para meu pulso direito, as marcas continuavam lá.

-Eu tenho escolha?

Ele me deu um sorriso fraco.

-Sempre tem, as outras recusaram.

-E o que aconteceu com você?

Ele deu de ombros.

-Voltei para minha pena habitual.

O encarei como as outras garotas era insensíveis!

-Não diga isso, sem antes saber o que vai te que enfrentar1

-Prefiro nem saber!

Olhei para a marca e depois o encarei.

-Eu aceito, seja lá o que for.

Ele suspirou e eu achei que ele ficou mais real, mais vivo, como se eu estivesse conversando com um fantasma e só agora eu estivesse diante de um ser humano normal.

-Obrigado, mas acho melhor voltar a sua sala, antes que pensem que eu te seqüestrei.

Pisquei pra ele e me levantei, eu estava no meio do pátio, olhei pra trás e ele havia desaparecido.

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