quinta-feira, 21 de julho de 2011

Me condene (Poema)


Eu comecei de mansinho

Porque não queria me envolver

Comecei quietinha, meio na brincadeira

E me perdi na cor dos seus olhos, cor do oceano

Cor da esperança

E sem perceber, sorrateiramente

Roubei seu coração

Mas deixei o meu a seu dispor

E posso dizer que me dói

Escrever esse final

Eu fui honesta, inteira e leal

E amei você, sem igual

Não disse: ”-Eu Te amo, à toa!”

Eu pulei, esperando que você segurasse a minha mão

E você segurou!

Mas ai veio aquilo, que não sei bem o que é...

Que transforma as pessoas

Que tirou o seu melhor, o brilho no olhar e fez tudo que vivemos parecer uma ilusão boba

Me condene agora, me condene por amar você!

Te querer e não aceitar te perder por menos do que eu fui para você

Me condene, me culpe

Mas eu amo você!

E se para você foi fácil virar a pagina, para mim é muito difícil passar a borracha na nossa história

Porque sei que não vai haver mais você

E deveria saber que essas coisas me consumiriam

Mas você foi mais forte, e ainda é!

Então, me condene!

Ainda vou ser fogo, ainda vou ser inteira e tentar mais uma vez arrancar um sorriso seu

Me condene, e jogue a verdade em cima de mim

Mas a verdade, não essa desculpa que está ao seu lado hoje

Diga a verdade, que não me ama mais

Mas não me peça para apagar tudo!

Eu não vou desistir de você, mas não vou pedir para ficar

Me condene, me culpe

Isso não diminui o que você é em mim!

Porque toda vez que olho para trás

Ainda vejo o brilho e sinto seus olhos!

Me condene, eu agüento!

Me faça odiar você!

Me condene, me condene...

Zombe de mim

Quem sabe assim eu possa fingir que não te amo não te quero

E que estou pronta para seguir em frente

Me condene

Para que eu possa me acostumar com a batida (ou a falta dela) do meu coração solitário!

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