Eu comecei de mansinho
Porque não queria me envolver
Comecei quietinha, meio na brincadeira
E me perdi na cor dos seus olhos, cor do oceano
Cor da esperança
E sem perceber, sorrateiramente
Roubei seu coração
Mas deixei o meu a seu dispor
E posso dizer que me dói
Escrever esse final
Eu fui honesta, inteira e leal
E amei você, sem igual
Não disse: ”-Eu Te amo, à toa!”
Eu pulei, esperando que você segurasse a minha mão
E você segurou!
Mas ai veio aquilo, que não sei bem o que é...
Que transforma as pessoas
Que tirou o seu melhor, o brilho no olhar e fez tudo que vivemos parecer uma ilusão boba
Me condene agora, me condene por amar você!
Te querer e não aceitar te perder por menos do que eu fui para você
Me condene, me culpe
Mas eu amo você!
E se para você foi fácil virar a pagina, para mim é muito difícil passar a borracha na nossa história
Porque sei que não vai haver mais você
E deveria saber que essas coisas me consumiriam
Mas você foi mais forte, e ainda é!
Então, me condene!
Ainda vou ser fogo, ainda vou ser inteira e tentar mais uma vez arrancar um sorriso seu
Me condene, e jogue a verdade em cima de mim
Mas a verdade, não essa desculpa que está ao seu lado hoje
Diga a verdade, que não me ama mais
Mas não me peça para apagar tudo!
Eu não vou desistir de você, mas não vou pedir para ficar
Me condene, me culpe
Isso não diminui o que você é em mim!
Porque toda vez que olho para trás
Ainda vejo o brilho e sinto seus olhos!
Me condene, eu agüento!
Me faça odiar você!
Me condene, me condene...
Zombe de mim
Quem sabe assim eu possa fingir que não te amo não te quero
E que estou pronta para seguir em frente
Me condene
Para que eu possa me acostumar com a batida (ou a falta dela) do meu coração solitário!
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