domingo, 6 de fevereiro de 2011

Alguma coisa sobre mudanças (Crônica)


Sabe às vezes a gente se depara com certos fatos da vida, que nos fazem questionar nossas próprias ações.

A gente acaba percebendo que crescemos que mudamos que nos modificamos, e que amadurecemos. Não somos mais crianças, e à medida que adquirimos mais amigos e conversamos com pessoas diferentes vamos nos tornando singulares e únicos.

O que acontece com a gente?

O que aconteceu com aquela pessoa ingênua e sonhadora?

Porque nos modificamos tanto?

Porque a gente cresce?

São perguntas sem uma resposta certa e definitiva.

A gente se transforma ma maior parte das vezes em algo melhor, muito mais maduro e humano.

Mas o pior de tudo isso, é que as pessoas que a gente achava que conhecia muito bem, que acompanharam a nossa vida de uma hora pra outra simplesmente ficam chatas e ultrapassadas, elas simplesmente não conseguem nos acompanhar.

E o que resta pra nós?

Continuar vivendo e se surpreendendo, porque quando a gente menos espera uma pessoa comum, sem nada de mais, ou que nos considerávamos esquisita, acaba por se tornar uma grande amiga.

Acho que a metamorfose é um processo de autoconhecimento de descoberta de si mesmo, de se surpreender com as pessoas, de mudar seu estilo de vida, de ser livre e honesta com você mesmo e com os outros de se surpreender com as pessoas e ser surpreendido por elas.

A vida é uma só e nós perdemos tanto tempo em tentar decifrar as nossas angustias que nos esquecemos de simplesmente respirar e viver.

Não vale a pena se preocupar com as decepções, ou tentar fazer qualquer coisa para se encaixar ou pertencer a um grupo.

Porque quando menos se espera as pessoas que você achava que iam ficar com você pra sempre se distanciam e aquelas que eram as mais distantes possíveis, se tornam inseparáveis.

Porque a gente sempre muda, não se contenta com o segundo lugar, ou com a pequena atenção que recebemos.

Estamos sempre em busca de mais, do melhor, e é isso que nos torna essa metamorfose ambulante capaz de se adaptar e evoluir de diversas formas.

Por isso que o invés de ficarmos ai chorando e esperando um milagre, a gente devia simplesmente aceitar o que o destino nos Da. Nada na vida é permanente, nada é pra sempre e duradouro, as pessoas se separam, se unem, brigam, choram, e isso é eterno.

A única coisa que nos resta é aceitar o fato de que tudo tem um fim, mas que nós somos responsáveis por uma nova metamorfose, por novas descobertas.

A dor é uma coisa muito esquisita; ficamos desamparados diante dela. É como uma janela que simplesmente se abre conforme seu próprio capricho. O aposento fica frio, e nada podemos fazer senão tremer. Mas abre-se menos cada vez, e menos ainda. E um dia nos espantamos porque ela se foi.

Memórias de uma gueixa

Nenhum comentário:

Postar um comentário